quinta-feira, 20 de maio de 2010

Franquias familiares: é preciso profissionalização

Thais Mayumi Kurita

Grande parte dos sistemas de franquia no Brasil possui uma característica que pode ser considerada muito comum e marcante: a presença de familiares nos principais cargos executivos da empresa franqueadora, capitaneada pelo carisma imbatível de seu idealizador.
Longe de ser considerado um tipo negativo de favorecimento, é até natural que seja assim, já que na maioria das vezes foram essas mesmas pessoas que prestaram o apoio – emocional e financeiro – necessário e no momento certo.

A presença de familiares se mistura com aspectos importantes tais como: laços de confiança e contenção de despesas (com salários). Nesta situação entram esposa (o), filhos, pais, irmãos, entre outros parentes. A justificativa é nobre e dificilmente algum franqueador de sucesso, se pudesse voltar no tempo, faria diferente.

O fato é que esse formato nem sempre dá muito certo, ou pode ser considerado perene. E as razões são as mais diversas: filhos crescem e descobrem que seu talento não é bem aquele, casais se divorciam, ou, na pior das hipóteses, alguns deles acabam “ficando para trás”, prejudicando a corporação de uma forma ou outra.

E todas essas características acabam sendo reforçadas pela personificação da empresa franqueadora na figura de um único ente, o “dono da idéia” – uma pessoa física, sujeita a todos os destemperos naturais do ser humano, mas que fenomenalmente tem grande parte de suas deficiências apaziguadas justamente por ter se tornado um ícone na vida dos franqueados. Isto funciona por determinado prazo.

Mas o mercado é implacável e não tolera erros decorrentes de uma dose, ainda que pequena, de amadorismo. E mais que isso: carisma não é algo que se herda; portanto, preparar a empresa para a ausência do seu idealizador é mais que necessário.

As franquias cujo formato de gestão seja familiar podem estar vivendo os seguintes cenários neste exato momento: o franqueador-idealizador e pessoa física está cansado ou assoberbado de seus afazeres e com filhos ainda incapazes de assumir o negócio; ou está velho e sem sucessores à altura para “tocar o negócio” (aqui os problemas familiares podem suplantar os interesses da empresa).

Eis, então, a necessidade de preparar a rede para algumas possíveis situações como a venda para outra empresa ou a profissionalização nos formatos de gestão. Nas duas hipóteses, se faz necessário um ambiente favorável para se obter êxito; caberá ao franqueador a decisão por rumar neste sentido, lançando mão de algumas importantes e disponíveis ferramentas para alcançar seu objetivo.

Profissionalizar a empresa não significa simplesmente contratar profissionais de mercado para importantes cargos. Profissionalização significa deter absoluto controle de todas as fases pelas quais passa um processo produtivo e/ou decisório. Através desse controle é possível medir o crescimento da empresa e planejar o futuro. Torna-se da cultura da empresa profissionalizada a observação do mercado no qual está inserida e de seus agentes indiretos, aumentando assim a sua competitividade e longevidade.

Mas, como tudo o que promete grandes feitos e resultados, profissionalizar a empresa requer muito cuidado e prévio entendimento do seu significado. É, como dissemos, uma nova cultura que chega, e velhos costumes e vícios devem ser abandonados. Nem sempre dividir e ser transparente é tão simples quanto parece.

A família é, no caso da profissionalização de empresa familiar, o maior entrave e ao mesmo tempo a sua única aliada. Há uma enorme carga de emoção, que nada tem a ver com a produção ou a técnica, razão pela qual é altamente recomendável que esse processo seja conduzido por alguém imparcial. Assim, espera-se poupar as pessoas envolvidas, mantendo o caminho livre de interferências irracionais.

A criação de um Conselho de Administração para estas empresas, ainda que pequenas ou médias, é uma boa alternativa para manter a família no comando. Este mecanismo é importado de grandes empresas, sobretudo as S/As, e junto com ela vêm as normas de conduta, o compromisso pelas decisões tomadas, a transparência e a formalidade, pois igualmente recomendável é que as decisões passem a ser tomadas por escrito.

Outro exemplo é a reorganização dos cargos e funções de cada área, que pode culminar na criação de departamentos técnicos, passando, evidentemente, a um ajuste de salários coerente com aqueles praticados pelo mercado, seguido de uma política de bonificação por resultados obtidos ao final do exercício.

Junto com tudo isso deve haver o planejamento pessoal de cada parte envolvida, seja através da criação de empresas patrimoniais, seja através da elaboração de testamentos, prática pouco utilizada por pequenos e médios empresários.

Fundamentalmente, o que deve ser dito é que esses empresários são seres humanos, falíveis e sujeitos a riscos diários. Se para eles o que importa é a família (e esta é a razão pela qual todos trabalham juntos), seria simplesmente ilógico passar ao largo desta questão sem cuidar do futuro das próximas gerações.

Thais Mayumi Kurita é advogada especializada em franquias do Cerveira, Dornellas e Advogados Associados.

As consequências de um contrato de franquia ineficaz

Patrícia Barreto Gavronski

O contrato de franquia, no modelo atual, surgiu nos Estados Unidos logo após a Segunda Guerra Mundial, quando muitas pessoas procuravam novas atividades econômicas para se reintegrarem ao mercado de trabalho.

Como nos Estados Unidos, no Brasil - e em muitos outros países - o produto franquia teve um crescimento tão significativo que deu origem a um novo formato de negócio, que hoje é almejado por muitos investidores que buscam minimizar riscos através de um sistema já consolidado.

Conforme o art. 2º da Lei 8.955, de 15 de dezembro de 1994, “franquia é o sistema pelo qual o franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso e tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício”.

Contudo, o contrato de franquia tem por objetivo formalizar o vínculo jurídico entre o franqueado e o franqueador e deve, portanto, oferecer as melhores condições para que ambas as partes tenham, de forma equitativa, toda a proteção que um negócio necessita. Sua missão é gerar lucratividade ao franqueado, expandir a rede do franqueador e, principalmente, obter uma parceria sólida que não gere conflitos.

A demanda pelo produto franquia e a vontade do empresariado em maximizar suas atividades, fez com que redes ainda sem a devida estrutura partissem para este segmento, aumentando o insucesso de alguns investidores e, paralelamente, os litígios advindos desta situação.

Por mais que uma empresa seja responsável, sempre haverá o risco, pois uma franquia envolve não só a capacidade do franqueado e do franqueador, mas também variáveis como: o ponto onde será instalada a unidade, a exclusividade territorial, as multas e taxas envolvidas, os produtos comercializados, os permitidos e os proibidos, a flexibilidade do franqueador e sua comunicação com a rede, o tempo de permanência no negócio, a rescisão e os efeitos das cláusulas contratuais convencionadas, entre outras.

Sobre este aspecto, grande parte do sucesso de um negócio está nas preliminares, ou seja, na eficácia de um contrato bem equilibrado. Para tanto, impreterivelmente, há que se fazer uma análise jurídica especializada antes de se firmar qualquer compromisso contratual.

Ao receber a COF – Circular de Oferta de Franquia, por exigência da própria legislação, o franqueado só poderá assinar seu contrato de franquia após 10 (dez) dias e deve utilizar esse período para contratar um advogado e negociar junto à empresa franqueadora tudo aquilo que julgar de direito.

Patricia Barreto Gavronski é sócia do Grupo Machado, especialista em projetos, formatação e expansão de redes de franquia, assessoria jurídica e tributária para franqueadores e franqueados.

Loja grátis", onde cliente leva e não paga, chega a São Paulo

O consumidor entra na loja, analisa, pega o que tem vontade e sai sem pagar pelo produto. Esse novo conceito varejista, que tem como moeda a opinião do consumidor, finalmente chega ao Brasil depois de ser sucesso em países como Japão, Espanha e Estados Unidos.
A primeira loja brasileira desse segmento, a Clube Amostra Grátis, será aberta no próximo dia 11, na Vila Madalena, em São Paulo. No mês seguinte, no dia 29, começa a funcionar, também na capital paulista, nos Jardins, a Sample Central.
A estratégia é a seguinte: indústrias da área de alimentos, bebidas, cosméticos, higiene, vestuário e até de eletroeletrônicos expõem seus produtos que, na maioria, ainda não chegaram às prateleiras do grande varejo. O consumidor leva para casa, experimenta e dá sua opinião. As novidades de eletroeletrônicos, porém, terão de ser "provadas" na loja.
Nas duas lojas, o interessado deverá fazer o cadastro on-line e pagar uma taxa, que será única, de R$ 50, na Clube Amostra Grátis e anual, de R$ 15, na Sample Center.
Depois o associado recebe uma carteirinha que dá acesso livre às próximas visitas e já pode consumir os produtos. Na Sample Central, o cliente terá direito a levar até cinco produtos por visita, que devem ser previamente agendadas. Já na Clube Amostra Grátis, são cinco itens por mês.
Em contrapartida, responderá a um questionário sobre cada produto utilizado, apontando defeitos, qualidades, pontos positivos, prós e contras. Na verdade, é uma pesquisa de mercado para as empresas participantes, e elas pagarão às lojas por essas informações.
"Em vez de investir R$ 60 mil em uma pesquisa de mercado tradicional, o empresário tem um "feedback" dos produtos de uma forma mais barata", diz Luiz Gaeta, sócio da Clube Amostra Grátis.
Num primeiro momento serão expostos cerca de 80 produtos, mas o objetivo é ter nas prateleiras algo entre 160 e 200 itens para a escolha do cliente nos próximos meses, diz ele.
O investimento na loja, na Vila Madalena, será de R$ 2 milhões. A expectativa de faturamento anual é de R$ 3 milhões. Algumas marcas, como Nestlé, Telefônica, Locaweb, Plantronics, Góoc e Grupo Berton (área de cosméticos), aderiram ao Clube Amostra Grátis.
A Sample Central, que investiu R$ 4 milhões no negócio, não revela as marcas que estarão disponíveis. Mas o gerente geral da empresa, o publicitário João Pedro Borges, adianta que haverá 150 produtos diferentes na loja a cada visita do associado, que já são 4.000.
Dentre as opções de maior valor agregado para levar para casa estão calçados, bolsas de praia e adesivos decorativos de parede. Produtos de menor preço, como cremes hidratantes e xampus, além de refrigerantes, massas e sucos, também estão entre as opções.
Mesmo estreando um mês e meio depois no mercado, o gerente da Sample Central diz não temer a concorrência. O estabelecimento será uma franquia da rede internacional que leva o mesmo nome e nasceu em julho de 2007, em Tóquio.
"Optamos por abrir uma franquia para nos beneficiar do know-how de um sistema que já tem aprendizado de três anos. As visitas à nossa loja são agendadas para garantir que os produtos não acabarão, que as pessoas serão bem atendidas e para evitar filas", explicou.
O publicitário explica que o modelo de negócios da loja grátis está associado a uma nova estratégia de marketing: o "tryvertising", expressão resultante da junção das palavras inglesas "try" (experimentar) e "advertising" (propaganda).
Segundo ele, no "tryvertising" a pessoa escolhe o que deseja testar e, exatamente por ter escolhido previamente, a divulgação boca a boca ou nas redes sociais tende a ser muito mais eficiente e positiva. No caso da loja em Tóquio, 76% das pessoas que experimentam o produto se tornam consumidoras efetivas quando esse item chega ao mercado, afirma.
"Somos uma ferramenta de marketing que alavanca as vendas nas redes varejistas. Nós não vendemos nada", define.

Fonte: Folha Online

McDonald's bate novo recorde e fatura mais de R$ 3 bilhões no Brasil em 2009

O McDonald's Brasil, operado pela Arcos Dourados, maior operadora de restaurantes da América Latina e maior franquia do McDonald's no mundo, presente em 19 países, obteve um faturamento de R$ 3,45 bilhões em 2009. O valor é 4,8% superior ao registrado no ano anterior. O crescimento foi de 3% em vendas comparáveis, considerando a mesma quantidade de restaurantes de 2008.
A expansão das operações foi um dos fatores que contribuiu para o incremento. Só no ano passado, a empresa inaugurou 102 pontos de venda no Brasil. Em um ritmo de duas novas unidades por semana, ao todo foram abertos 22 restaurantes, 11 pontos McCafé e 69 quiosques.
Dessa forma, a companhia encerrou 2009 com um total de 1.264 pontos de venda no país, sendo 577 restaurantes, 60 pontos McCafé e 627 quiosques. Tais resultados, frutos de 31 anos de operação, imprimem um ritmo de crescimento médio de 18 novos restaurantes a cada 12 meses.
O período marcou também a chegada do McDonald's Brasil a novas cidades, entre elas Caruaru (PE) e Vitória da Conquista (BA). Porto Velho (RO) também recebeu o primeiro restaurante da rede, que ampliou sua presença nas capitais brasileiras. Com atuação em 143 cidades, a rede atendeu uma média de 1,6 milhão de clientes por dia no país.
Para o presidente do McDonald's Brasil, Marcelo Rabach, a empresa aposta no crescimento do país e tomou decisões importantes, que culminaram no resultado de 2009. "Mesmo em um ano que, por um período, trouxe incertezas ao mercado, mantivemos o ritmo forte de expansão, com campanhas e promoções que intensificaram a fidelidade dos nossos clientes. Não paramos de expandir nossos pontos de vendas, inovar em variedade e investir na capacitação de funcionários para que o atendimento e o serviço sejam, cada vez mais, um diferencial da rede. Demos também uma atenção especial às nossas relações com a sociedade com ações voltadas à sustentabilidade. Para este ano, o ritmo será ainda mais agressivo, com foco na preferência de nossos consumidores e em eventos importantes, como a Copa do Mundo", afirma.
Em uma relação direta com a expansão, 1.500 novas vagas de emprego foram abertas, fazendo com que a rede fechasse o ano de 2009 com 48 mil funcionários entre restaurantes próprios e franqueados e consolidasse sua posição como uma das maiores empregadoras do país.
Foram investidos R$ 40 milhões em treinamento e desenvolvimento dos funcionários. Entre eles, 89% são jovens em sua primeira experiência de trabalho com carteira assinada, assistência médica, reais oportunidades de carreira e crescimento profissional com uma série de programas de incentivo.

Fonte: Varejista

Franquias apresentam novidades na ABF Franchising Expo 2010

A próxima edição da ABF Franchising Expo – maior feira de franchising da América Latina – conta com a participação de nove importantes franquias distribuídas nos setores de Alimentação, Educação e Treinamentos, Cosméticos e Perfumarias e Serviços. Entre os grandes nomes estão Subway, Rei do Mate, Germânia, Vivenda do Camarão, Risotto Mix; Eurodata e Yázigi, Antídoto Cosméticos e SuperSAN. As redes apresentarão números, planos de expansão, lançamentos de produtos e expectativas para 2010.
No ano passado, o segmento de franchising fechou o ano com um faturamento de R$63 bilhões, registrando um crescimento de 14,7% em relação ao ano anterior. A previsão da ABF para esse ano é de crescimento em torno de 16%. Somente para a feira, a expectativa é gerar um volume de negócios de cerca de R$99 milhões e receber aproximadamente 42 mil visitante.
A 19ª edição da ABF acontece entre os dias 09 e 12 de junho, no pavilhão vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo.

Fonte: Varejista

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Você sabe quais são as marcas mais valiosas do mundo?

Veja o resultado do ranking Brandz 2010 que identifica o valor financeiro das cem principais marcas mundiais

Redação Administradores.com.br

Toda empresa deseja ser reconhecida por sua atividade, conquistar a confiança de seus clientes, obter lucro e expandir cada vez mais o seu mercado. Algumas corporações conseguem esse resultado e tem a comercialização de seus produtos e notoriedade reconhecidas pelo mundo.

Uma pesquisa anual realizada pela empresa norte-americana Millward Brown divulgou o ranking com as cem empresas que possuem destaque mundial e o maior valor financeiro das suas marcas.

No topo da lista, foi verificada a supremacia do setor de tecnologia. As quatro primeiras posições do ranking são desse segmento. A empresa Google foi eleita a marca mais valiosa do mundo e avaliada em 114,2 bilhões de dólares.

O ranking mostra que a empresa IBM pulou da quarta para a segunda posição, avaliada agora em US$ 86,3 bilhões. Em terceiro está a Apple. A marca da empresa dirigida por Steve Jobs superou a poderosa Microsoft – que aparece em quarto lugar – e foi avaliada em US$ 83,1 bilhões.

O ranking "100 Marcas Mais Valiosas do Mundo" leva em consideração a opinião dos consumidores com relação às marcas e demonstra os seus resultados associando com o valor financeiro. Ao todo, as 100 marcas avaliadas atingem mais de US$ 2 trilhões. Essa é quinta edição do prêmio e pelo quarto ano

consecutivo, a Google é primeiro lugar no ranking.

Brasil e novas marcas

Entre as marcas brasileiras, a Petrobras teve a melhor colocação e ficou na 73ª posição com US$ 9,67 bilhões. A outra marca brasileira na lista é o Bradesco, com US$ 7,4 bilhões, na 98ª posição.

Pela primeira vez, desde que o ranking foi criado, entraram marcas de todos os países membros do Bric (Brasil, Rússia, China e Índia), reforçando a importância dos mercados emergentes.

Entre as mídias sociais, destaque para o gigante Facebook. O mais popular site de relacionamento social do mundo entrou para o ranking do setor de tecnologia pela primeira vez, com um valor de US$ 5,5 bilhões.

Veja abaixo a lista completa com as 100 marcas mais valiosas do mundo


Ranking da 1ª à 50ª marca

Ranking 1

Ranking de 51ª à 100ª marca

Ranking 2

O ranking completo, com detalhes por região e categorias, pode ser acessado no site da Brandz.