Paris será o próximo endereço. O sucesso da loja exclusiva para venda de sandálias Havaianas, montada por seis meses durante a última temporada de primavera/verão na costa francesa de Saint-Tropez, estimula a nova investida, por iniciativa da representante local da marca brasileira, Chantarl Barrat. Mesmo sem a retaguarda da fabricante da sandália de borracha que virou caso mundial de marketing - a Alpargatas -, cinco varejistas abriram este ano negócios dedicados a oferecer ao consumidor apenas o produto, numa espécie de franchising espontâneo.
A iniciativa dos pequenos varejistas brasileiros e até da representante da marca no exterior endossa o fato, apontado por analistas, de que a Alpargatas perdeu o timing para uma tendência que se consolida há algum tempo globalmente: a das lojas monomarcas criadas pelos próprios fabricantes para exibir toda a gama de modelos e possibilidades de uma grife consagrada pelo público.
Carla Schmitzberger, diretora da Unidade de Negócios Sandálias da Alpargatas, reconhece o avanço das lojas monomarcas como as da Nike, Puma, Reebok. E informa que finalmente a loja-conceito da Havaianas deverá sair do papel em meados de 2007. “A ampla distribuição do produto através de grandes atacadistas não nos permite controlar a exibição de toda a coleção”, diz. “Daí a necessidade de termos um espaço encarado mais como atividade de marketing para expor e dar visibilidade ao produto do que divisando resultado de vendas.” A loja será na região dos Jardins, em São Paulo.
O apelo de uma assinatura construída no inconsciente coletivo como um símbolo de brasilidade e respaldada por forte e constante investimento em publicidade, caso da Havaiana, justifica o risco dos varejistas de bancar o negócio sem apoio de um contrato de franquia.
Mas o caso das sandálias de borracha não é único. Os tênis de lona dos jogadores de basquete, produzidos no Brasil desde 1978 sob a chancela All Star, também estão ganhando comércio exclusivo. Há três meses, o empresário do ramo da confecção do Bom Retiro, em São Paulo, David San, inaugurou uma loja para vender todas as variações do All Star, algumas personalizadas com tachinhas e cristais. “Ele voltou da Europa encantado com o sucesso do tênis, pois aparecia nos pés de todo mundo, em qualquer situação”, conta o gerente da loja, José Carlos Arruda.
O fabricante brasileiro do All Star, que mantém há anos uma disputa na Justiça pela marca com a americana Nike, Berge Kahtalian, avisa que já há seis lojas nascidas por iniciativa de lojistas e mais três serão inauguradas até o fim do ano. Todas sem interferência da empresa, embora ele incentive o negócio e facilite e oriente os varejistas na formação de estoque.
“Não podemos avaliar ainda se será um negócio viável, já que os preços das Havaianas são mais populares aqui do que no exterior”, diz Rui Porto, diretor de Comunicação e Mídia da Alpargatas.
As lojas para venda exclusiva de Havaianas de que Porto tem notícia foram abertas em Porto Alegre, Santos, Itanhaém, Alphaville e São Paulo. “Acompanhamos gratificados esse movimento porque só reforça o sucesso da marca. Mas vamos monitorar a evolução para não descaracterizarmos o conceito.”
Com previsão de 160 milhões de pares vendido este ano, sendo 16 milhões no exterior, a política da Alpargatas para as Havaianas mantém a estratégia de atender aos mais diversos públicos e adicionar valor ao produto. No Brasil, há pelos menos 150 mil pontos-de-venda atendidos, na maioria, por meio de grandes atacadistas.
No exterior, a tática tem sido a de adicionar glamour à marca, tanto que alguns modelos desembarcam por lá primeiro e, às vezes, nunca chegam ao varejo no Brasil. Mas estarão presentes na loja-conceito.
“Tivemos 75 modelos em exposição, fora os que eram passíveis de customização na loja, caso da montagem com escolha de solado, de tiras e até da aplicação de cristais”, conta Chantarl Barrat, que vai repetir a experiência na próxima temporada em Saint-Tropez e abrir uma loja em Paris. Na primeira investida na orla francesa freqüentada por celebridades, foram vendidos 10 mil pares ao preço médio de 28.
Uma das primeiras iniciativas do gênero no Brasil, a Sandanas já está em dois endereços, em São Paulo - em Moema e Alphaville. E Carlos Alberto Michelene e a mulher, Sonia, já têm planos de expansão. “Nosso projeto é inaugurar mais duas lojas até o final do ano. Ele avalia que o negócio ficará rentável quando atingir a venda de 2 mil pares por loja, o dobro do volume atual. E isso mesmo considerando que o preço médio no Brasil é de R$ 22.
Para o consultor Marcos Gouvêa de Souza, não dá para prever o futuro das investidas. “É uma incógnita até prever margens de lucro adequadas para que o negócio se viabilize.”
3 comentários:
Eu moro nos Estados Unidos e mais precisamente em Miami , tenho um dinheiro aplicado que eu gostaria de investir numa loja havaianas ...Qual o procedimento que eu deveria tomar ,qual seria o custo , espero ter uma resposta em breve ...Muito obrigado wagner viana
moro em zurich,suica,tenho enteresse em investir nas sandalias havaians,quero saber o telefone da distribuidora de fortaleza.
SOU BRASILEIRA, MORO NA ITALIA E TENHO UMA LOJA DE MODA E ACESSORIOS,NO CENTRO DI FLORENçA NO CORAçAO DO TURISMO, GOSTARIA DE VENDER HAVAIANA,VOCES TEM UM REPRESENTANTE NA ITALIA? COMO FAçO PRA TER MAIORES IMFORMAçOES ESSE è MEU NUMERO: 0039 055.0195584 CRISTINA AGUARDO RESPOSTA URGENTE OBRIGADA
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